Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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Condições de trabalho de uma Profissional do sexo e os principais riscos ocupacionais
Maitê Burgo Costa, João Pedro Cândido, Janaina Sejas Villagomez, Yasmin Cambuí dos Santos, Nelson Kian

Última alteração: 2015-11-23

Resumo


Apresentação: A discussão em torno da prostituição gera constante polêmica.  O termo “trabalhador do sexo” ou “profissional do sexo” surgiu a partir de meados dos anos 70, fazendo referência a aqueles que exercem a prostituição ou se dedicam ao “comércio do sexo”. A transição da sociedade de matriarcal para patriarcal, fez com que a mulher viesse a ser vista de outra forma. A partir, desses apontamentos é fundamental tentar ver com olhos mais humanos essa atividade que ainda é discriminada pela sociedade, mostrando que essa profissão tem os mesmos direitos sociais de qualquer outra profissão e expondo as dificuldades que essas profissionais enfrentam no seu dia a dia. Este estudo tem como objetivo verificar as condições de trabalho de profissionais do sexo e os principais riscos enfrentados, além de analisar se possuem informações sobre seus direitos e sobre a lei que tramita no Congresso com a finalidade de ampará-las. Desenvolvimento do trabalho: O presente estudo de caso foi realizado durante os meses de maio e junho de 2015, na disciplina de Saúde do Trabalhador I, do 5° semestre do curso de Fisioterapia da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), sob orientação do Prof. Me. Nelson Kian. Foi aplicado um questionário em forma de entrevista com uma profissional do sexo juntamente com a escala de Hamilton, para verificar possível estresse dessa trabalhadora residente na cidade de Campo Grande – MS, contendo dados profissionais, dados de seu convívio social, fatores de risco e agravos à saúde. Resultados: A profissional possui uma carga horaria de trabalho de 42 horas semanais, sem dias de descanso. Durante 1 ano de profissão relatou que não sofre preconceito e nunca foi agredida na atuação da sua profissão, seu convívio familiar e com suas colegas de trabalho é satisfatório. Considerações Finais: A mesma desconhece os diretos da sua profissão, faz utilização de EPI’s e é cadastrada no SUS, relatou que já fez administração de medicamentos sem receita, e acredita que um dos riscos ocupacionais de sua profissão é desconhecer o acompanhante.

Palavras-chave


Saúde do trabalhador; Profissional do sexo; Riscos ocupacionais

Referências


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