Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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As gerências distritais com a maior frequência de coinfecção, na cidade de Porto Alegre, entre os anos de 2009 e 2013
MAÍRA ROSSETTO, Évelin Maria Brand, Luciana Barcellos Teixeira, Dora Lucia Leidens Correa de Oliveira

Última alteração: 2015-12-16

Resumo


Introdução: A coinfecção tuberculose e aids tornou-se um importante e complexo problema de saúde pública em nível mundial. No Brasil, as duas doenças ainda causam um grande número de casos de morbimortalidade, sendo que Porto Alegre é a capital brasileira com a maior frequência de casos. Para facilitar a administração do território, Porto Alegre foi dividida em Gerências Distritais (GD). As GD, que são estruturas administrativas e também espaços de discussão e prática onde são operacionalizadas as estratégias para a Atenção Primária à Saúde e de Atenção Especializada Ambulatorial e Substitutiva na esfera do SUS, abrangem o território de um ou mais Distritos Sanitários. No total, são oito (08) GD, 1) Norte/Eixo Baltazar (NOEB) 2) Centro (CEN), 3) Noroeste/Humaitá/Navegantes/Ilhas (NHNI), 4) Leste/Nordeste (LENO) 5) Glória/Cruzeiro/Cristal (GCC), 6) Sul/Centro-Sul (SCENS), 7)Partenon/Lomba do Pinheiro (PALB), 8)Restinga/Extremo-Sul (RES). O objetivo desse estudo foi identificar as gerências distritais com a maior frequência de coinfecção, na cidade de Porto Alegre, entre os anos de 2009 e 2013. Método: Trata-se de um estudo transversal que analisou dados secundários do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) em tuberculose e aids. Foram analisados os casos de coinfecção pelas duas doenças no período de 2009 a 2013, no município de Porto Alegre.  Para a análise estatística, os dados foram transportados para o software SPSS*, no qual realizou-se a estatística descritiva e analítica (teste qui-quadrado). Resultados: A amostra foi composta por 1.949 casos de coinfecção, dentre os quais 1.311 (67%) eram homens e 646 (33%) eram mulheres. Dentre as gerencias distritais de Porto Alegre, três delas apresentam as maiores taxas de coinfecção, sendo: 464 (23,8%) no PALB, 332 (17,1%) no CEN e 289 (14,8) no LENO. Nas demais gerencias as taxas são de 225 (11,6%) no GCC, 211 (10,8%) no NOEB, 144 (7,4%) SCENS e por fim NHNI e RES ambas com 141 (7,2%). Conclusão: No município de Porto Alegre existem apenas 7 lugares realizando o tratamento de pacientes coinfectados para tuberculose e aids. Isso pode criar barreiras de acesso as pessoas, pois elas necessitam deslocar-se para outros pontos da cidade em busca de assistência. A identificação das gerências com maior frequência de casos pode direcionar o planejamento de ações que visem a diminuição do número de casos e a melhoria do cuidado prestado a essa população.