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A relação entre os trabalhadores em saúde muitas vezes é vista como um desafio quando se fala em articulação de rede em saúde entre os serviços de assistência dos municípios. Geralmente, encontramos dificuldades no uso dos mais variados saberes e práticas, o que reflete diretamente na qualidade da assistência prestada. O objetivo deste estudo foi investigar se existe uma articulação de rede em saúde, particularmente, entre os profissionais de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Trata-se de uma pesquisa qualitativa, descritiva e exploratória. Os locais escolhidos para as entrevistas foram uma Unidade Básica de Saúde e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência do município de São Leopoldo, localizado no estado do Rio Grande do Sul. Os participantes do estudo foram trabalhadores envolvidos nesses dois serviços, que prestam assistência direta aos usuários, tendo como instrumento de coleta de dados uma entrevista semiestruturada. Concluiu-se que a articulação de rede é deficiente e em muitos casos conflituosas, que não existe de fato protocolo a ser seguido referente ao trabalho de rede em saúde. A falta de comunicação a ausência de espaços para trocas de experiências e saberes dificulta essa implementação. A Educação Permanente em Saúde (EPS) aparece como um desafio para que haja uma maior integração e responsabilização entre eles, além de estabelecimento de vínculo com a comunidade. Observa-se que os serviços, independente da sua especificidade, precisam reconhecer que sua atuação extrapola o atendimento imediato e pontual e para que o trabalho em rede funcione é preciso ativar e reconhecer as linhas de cuidado. Os resultados mostram que há uma real necessidade de mudança na forma de organização e funcionamento desses serviços, buscando uma ampliação das discussões, refletindo assim no atendimento à população e uma mudança significativa no modelo assistencial presente.

Articulação de Rede; Rede de Serviços em Saúde; Unidade Básica de Saúde; SAMU.