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Educação em saúde com foco na sexualidade realizada em imersões no Sistema Único de Saúde no Curso de Medicina da Universidade Federal Da Fronteira Sul
Última alteração: 2015-10-22
Resumo
Apresentação: Educação em saúde são ações realizadas que estimulam a prevenção de doenças, a promoção de saúde e a participação popular em assuntos relacionados à qualidade de vida e ao bem-estar social da população. Os atores sociais responsáveis pelo desenvolvimento dessa abordagem prática no SUS estão vinculados às equipes de saúde da atenção básica, à população dos municípios e, eventualmente, aos estudantes de Medicina da Universidade Federal da Fronteira Sul que, por meio de vivências/imersões, entram em contato com a realidade do sistema de saúde de municípios da região e ali constroem atividades que auxiliam na identificação de fragilidades apontadas em determinados pontos do convívio social. O tema saúde sexual é enfatizado porque, apesar de esforços já realizados, a eficácia observada nos indicadores sociais mostra que ainda são situações de vulnerabilidade. Desenvolvimento: Por meio da análise epidemiológica territorial de cidades como Marau/RS e Ernestina/ RS (acompanhadas nas vivências), constatou-se que há falta de planejamento familiar, resultando em altos índices de gravidez na adolescência além de patologias de ordem sexual. Outro fator condicionante a essa situação é o descaso quanto à profilaxia de doenças sexualmente transmissíveis e à falta de conhecimento de determinados métodos contraceptivos. Buscando-se uma resolutividade prática desse tipo de situação nos municípios, foram realizados projetos de interação que proporcionaram a prática de educação em saúde nas escolas. Esses projetos possibilitaram um repasse de conhecimentos sobre o sistema reprodutor, a exposição sobre métodos contraceptivos e seu uso correto e a explanação sobre doenças sexualmente transmissíveis com foco em Sífilis e AIDS. Essas atividades foram realizadas de forma mais prática com dinâmicas e rodas de conversa, proporcionando uma maior aproximação dos adolescentes e estimulando trocas de experiências. Resultados: Sabendo que a vulnerabilidade no âmbito sexual é um dos maiores problemas de saúde pública no Brasil e comparando esses dados aos dos municípios com práticas de imersão, constatou-se que de fato a fragilidade se encontra nos adolescentes e há dificuldade da atenção básica em promover a conscientização geral e a atenção a esses agentes, pois tanto a adesão como a preocupação com esse tema estão subvertidas na ideia de pseudoconhecimento. Uma atuação multidisciplinar na escola que envolva equipes de saúde, pais, alunos e professores culmina em práticas sexuais mais conscientes com o uso de métodos contraceptivos e na proteção das DST’s. É imprescindível considerar as especificidades do território e da população adstrita favorecendo uma intervenção ampla e integrada. Considerações Finais: A atuação do SUS e a prática de educação em saúde nos ambientes escolares são responsáveis por criarem um espaço de aprendizagem e um local mais propício para o estreitamento de vínculos com os adolescentes. A elaboração de atividades práticas que visem essa troca de informações e repasse de conhecimento propiciam que eles identifiquem onde está o risco de prejudicar ou modificar as suas vidas através de um convívio mais seguro e pautado em orientações de profissionais, acadêmicos ou agentes sociais que possam modificar indicadores e favorecerem uma educação em saúde mais efetiva.
Palavras-chave
Educação em Saúde; Sexualidade na escola;Vivências; SUS.