Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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Educação em saúde com foco na sexualidade realizada em imersões no Sistema Único de Saúde no Curso de Medicina da Universidade Federal Da Fronteira Sul
Lucas Henrique Lenhardt, Bruna de Oliveira, Vanderléia Laodete Pulga, Maríndia Biffi

Última alteração: 2015-10-22

Resumo


Apresentação: Educação em saúde são ações realizadas que estimulam a prevenção de doenças, a promoção de saúde e a participação popular em assuntos relacionados à qualidade de vida e ao bem-estar social da população. Os atores sociais responsáveis pelo desenvolvimento dessa abordagem prática no SUS estão vinculados às equipes de saúde da atenção básica, à população dos municípios e, eventualmente, aos estudantes de Medicina da Universidade Federal da Fronteira Sul que, por meio de vivências/imersões, entram em contato com a realidade do sistema de saúde de municípios da região e ali constroem atividades que auxiliam na identificação de fragilidades apontadas em determinados pontos do convívio social. O tema saúde sexual é enfatizado porque, apesar de esforços já realizados, a eficácia observada nos indicadores sociais mostra que ainda são situações de vulnerabilidade. Desenvolvimento: Por meio da análise epidemiológica territorial de cidades como Marau/RS e Ernestina/ RS (acompanhadas nas vivências), constatou-se que há falta de planejamento familiar, resultando em altos índices de gravidez na adolescência além de patologias de ordem sexual. Outro fator condicionante a essa situação é o descaso quanto à profilaxia de doenças sexualmente transmissíveis e à falta de conhecimento de determinados métodos contraceptivos. Buscando-se uma resolutividade prática desse tipo de situação nos municípios, foram realizados projetos de interação que proporcionaram a prática de educação em saúde nas escolas. Esses projetos possibilitaram um repasse de conhecimentos sobre o sistema reprodutor, a exposição sobre métodos contraceptivos e seu uso correto e a explanação sobre doenças sexualmente transmissíveis com foco em Sífilis e AIDS. Essas atividades foram realizadas de forma mais prática com dinâmicas e rodas de conversa, proporcionando uma maior aproximação dos adolescentes e estimulando trocas de experiências. Resultados: Sabendo que a vulnerabilidade no âmbito sexual é um dos maiores problemas de saúde pública no Brasil e comparando esses dados aos dos municípios com práticas de imersão, constatou-se que de fato a fragilidade se encontra nos adolescentes e há dificuldade da atenção básica em promover a conscientização geral e a atenção a esses agentes, pois tanto a adesão como a preocupação com esse tema estão subvertidas na ideia de pseudoconhecimento. Uma atuação multidisciplinar na escola que envolva equipes de saúde, pais, alunos e professores culmina em práticas sexuais mais conscientes com o uso de métodos contraceptivos e na proteção das DST’s. É imprescindível considerar as especificidades do território e da população adstrita favorecendo uma intervenção ampla e integrada. Considerações Finais: A atuação do SUS e a prática de educação em saúde nos ambientes escolares são responsáveis por criarem um espaço de aprendizagem e um local mais propício para o estreitamento de vínculos com os adolescentes. A elaboração de atividades práticas que visem essa troca de informações e repasse de conhecimento propiciam que eles identifiquem onde está o risco de prejudicar ou modificar as suas vidas através de um convívio mais seguro e pautado em orientações de profissionais, acadêmicos ou agentes sociais que possam modificar indicadores e favorecerem uma educação em saúde mais efetiva.

Palavras-chave


Educação em Saúde; Sexualidade na escola;Vivências; SUS.