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Avaliação das ações de saúde desenvolvidas no pré-natal no Rio Grande do Sul
Última alteração: 2015-11-23
Resumo
Apresentação: A atenção materno-infantil deve ser executada na perspectiva da integralidade da saúde da mulher e com foco no Programa de Humanização do Pré-Natal e Nascimento (PHPN). Um pré-natal de qualidade faz-se necessário para uma gestação saudável e um parto seguro. Uma assistência pré-natal humanizada deve incluir ações de promoção de saúde específicas para o período gestacional e puerpério (1). O pré-natal de baixo risco ocorre na atenção primária à saúde (2). Dessa forma, objetivou-se avaliar a assistência pré-natal quanto às orientações de saúde recebidas pelas mulheres por profissionais de saúde da atenção primária no Rio Grande do Sul. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo (3), realizado através da análise de dados secundários encontrados no PMAQ (4). Foram incluídas somente mulheres que já ficaram grávidas alguma vez e cujas crianças tinham até dois anos de idade. Excluíram-se mulheres que estavam no estabelecimento de saúde pela primeira vez e mulheres cujo tempo de retorno ao estabelecimento era maior que 12 meses. As questões elaboradas no PMAQ transformaram-se em variáveis de um banco de dados criado no Programa Excel®, e posteriormente, os dados foram transportados para o Programa SPSS para a análise estatística. Resultados: A amostra foi constituída por 271 mulheres, com idade média de 27 ± 6 anos das quais 29,9% estavam na faixa etária entre 25 e 29 anos, e 67% das participantes se autodeclararam de cor branca. O número de consultas de pré-natal variou de 3 a 25 consultas, com média de 9,7 ± 4 consultas. Quanto ao local de atendimento, 84,6% fizeram o pré-natal na unidade básica de saúde. Em relação às ações de promoção, 56,1% das mulheres foram informadas quanto à alimentação e ao ganho de peso na gestação; 59,8% foram orientadas sobre amamentação exclusiva até os seis meses; 58,7% receberam orientações sobre os cuidados com o recém-nascido e 46,5% sobre a importância e a periodicidade do exame preventivo do câncer de colo de útero. Menos da metade das mulheres foi informada quanto aos grupos educativos voltados para as gestantes (43,2%); e 46,1% receberam orientações sobre o local do parto. Considerações finais: Apesar da média elevada de consultas de pré-natal, ainda há falhas relacionadas às ações de promoção ofertadas às mulheres. A falta de orientação sobre o local e o trabalho de parto, pode gerar insegurança na mulher (5). A falta de orientação sobre os primeiros cuidados com o recém-nascido e amamentação exclusiva, podem impactar negativamente sobre a saúde do recém-nascido, especialmente no que tange à amamentação. O pré-natal também é um momento oportuno para orientações sobre o exame preventivo do câncer de colo de útero e somente metade das mulheres recebeu essa orientação. As orientações podem ser melhoradas para a realização de um trabalho com maior qualidade de atenção.
Palavras-chave
(assistência pré-natal; atenção primária à saúde; saúde coletiva)
Referências
1. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria Executiva. Programa humanização do parto. Humanização no pré-natal e nascimento. Brasília: Ministério da Saúde, 2002.
2. SILVEIRA, Denise Silva da; SANTOS, Iná Silva dos; COSTA, Juvenal Soares Dias da. Atenção pré-natal na rede básica: uma avaliação da estrutura e do processo. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 17(1):131-139, jan-fev, 2001.
3. ALMEIDA FILHO, Naomar de; BARRETO, Maurício L. Epidemiologia & Saúde: fundamentos, métodos, aplicações. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.
4. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção a Saúde. Departamento de Atenção Básica. Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ). Manual Instrutivo. Outubro 2011.
5. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção a Saúde. Departamento de Atenção Básica. Atenção ao Pré-Natal de Baixo Risco. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2012.
2. SILVEIRA, Denise Silva da; SANTOS, Iná Silva dos; COSTA, Juvenal Soares Dias da. Atenção pré-natal na rede básica: uma avaliação da estrutura e do processo. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 17(1):131-139, jan-fev, 2001.
3. ALMEIDA FILHO, Naomar de; BARRETO, Maurício L. Epidemiologia & Saúde: fundamentos, métodos, aplicações. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.
4. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção a Saúde. Departamento de Atenção Básica. Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ). Manual Instrutivo. Outubro 2011.
5. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção a Saúde. Departamento de Atenção Básica. Atenção ao Pré-Natal de Baixo Risco. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2012.