Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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COMPREENDENDO A PESSOA QUE VIVE E CONVIVE COM ALGUMA PSICOPATOLOGIA: A VIVÊNCIA DA TROCA DE PAPÉIS, O PACIENTE CUIDADOR DO ACADÊMICO
PATRÍCIA ESPINOSA DOS SANTOS, Elizabeth Gonçalves Ferreira Zaleski, Thatiane Thaís de Oliveira Pereira

Última alteração: 2015-12-13

Resumo


Elizabeth Gonçalves Ferreira Zaleski (1); 1-Enfermeira; Professora Doutora; Universidade Católica Dom Bosco - UCDB; zaleski.msi@terra.com.br Patrícia Espinosa dos Santos (2); 2-Acadêmica de Farmácia; Universidade Católica Dom Bosco - UCDB; patysantos_94@hotmail.com Thatiane Thaís de Oliveira Pereira (3); 3- Acadêmica de Farmácia; Universidade Católica Dom Bosco - UCDB; thata1960@hotmail.com. A década de 80 marca o início da reforma psiquiátrica brasileira, em nosso meio essas transformações caminham de forma tímida, ainda há a crença de profissionais da área defendendo uma postura hospitalocêntrica e médico centrada. Este fato tem refletido na postura do acadêmico, quando o mesmo demonstra receio, medo e insegurança diante dos pacientes, contemplando assim, um discurso de cuidar direcionado à psicopatologia em detrimento do cuidar da pessoa portadora de algum sofrimento mental. Essa situação intrigante gerou desconforto para os pacientes, para a equipe multiprofissional do CAPS II (Centro de atenção psicossocial e também para a docente). Após constatar essa crença enraizada foi iniciado um processo de desconstrução com vistas a desmistificar e compreender a pessoa que vive e convive com alguma psicopatologia pela troca de papéis (pacientes e acadêmicos de enfermagem). Essa vivência de desconstrução foi realizada em abril e maio de 2014 durante a atividade prática da disciplina “Enfermagem em saúde mental”. Assim, foram realizadas cinco oficinas onde, cada grupo era composto por 10 (dez) acadêmicos para aprender a confeccionar caixas multiuso de artesanato com duas usuárias do CAPS II. Após a confecção do artesanato foi avaliada a experiência por meio da técnica do grupo focal, com as seguintes perguntas 1). Como foi sua vivência prática? 2). Qual o sentimento que preponderou? 3). Trabalharia no CAPS? 4). Qual a nota que você daria para a vivência? Emergiram sentimentos como: medo, tranquilidade, segurança, bem-estar, felicidade, conhecimento e aprendizagem, angústia no primeiro momento, e de alegria no segundo momento. O resultado da oficina foi positivo, mostrando a habilidade dos pacientes e a capacidade de trocar experiências, além de comprovar as limitações dos alunos para as atividades manuais preconizadas. 

Palavras-chave


CAPS, saúde mental, troca de experiências.