Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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A PROMOÇÃO DO AUTOCUIDADO EM REABILITAÇÃO: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Robéria Mandú da Silva Siqueira, Edivania Anacleto Pinheiro, Any Karoliny Macena Samudio, Fabiana Martins de Paula, Eliza Farias Sampaio

Última alteração: 2016-02-06

Resumo


Introdução: Na década de 1950 surge a Teoria do Déficit do Autocuidado de Enfermagem (TDAE) de Dorothea Orem com o objetivo de fortalecer a prática de enfermagem (1). Assim, em 1989 foi desenvolvida uma metodologia pelo National Cancer Institute e com o tempo modificada para diversas clínicas a estratégia dos 5 As (avaliação, aconselhamento, acordo, assistência e acompanhamento), esta criada para sistematizar o empoderamento do autocuidado (2). Com o intuito de promover a reabilitação e reinserção social surge a Residência Multiprofissional do Hospital São Julião/Campo Grande/MS, em 2014 com o objetivo de desenvolver a pós-graduação unindo ensino, pesquisa e serviço na reabilitação ao idoso. Descrição da experiência: Foi-nos apresentada a Unidade de Cuidados Continuados Integrados (UCCI), onde a enfermagem utiliza a TDAE por meio do plano de autocuidado e a estratégia dos 5 As para a sistematização do mesmo. Desenvolvemos o Projeto Terapêutico Singular, podendo ser de 15 dias até 60 dias de permanência dentro do projeto. Assim, as metas são pactuadas em conjunto com o paciente, por isso o plano de autocuidado está sendo uma grande ferramenta para a implementação do mesmo. No plano é possível identificar quais são as prioridades do indivíduo e de sua família e passamos a utilizar a mesma linguagem de anseios e de perspectivas, assim a enfermagem conduz para o apoio ao desenvolvimento e acompanhamento das metas propostas pelos pacientes. Impactos: O enfermeiro em conjunto com uma equipe multiprofissional contribui com a educação em saúde para o autocuidado, fortalecendo-o para o empoderamento do indivíduo que muitas vezes se encontra fragilizado. O autocuidado melhora a qualidade em assistência para a reabilitação biopsicossocial sistematizada, além de valorizar o ser humano como único e que necessite de apoio pela equipe multiprofissional para atingir as metas impostas pelos indivíduos. A residência proporciona a formação do profissional com maior qualificação para trabalhar em equipe multiprofissional para a reabilitação. Considerações finais: É perceptível que a Teoria de Orem gera a reflexão quanto o papel da enfermagem no processo de reabilitação e incorpora a promoção da autonomia do indivíduo, por meio da prática de educação em saúde. Desta forma, torna-se importante considerar que a enfermagem ao lidar com a reabilitação biopsicossocial no programa da UCCI encontre nas estratégias de autocuidado a base para atuação como enfermeiro reabilitador.

Palavras-chave


Modelos de enfermagem; Teoria de enfermagem; Autocuidado

Referências


Queirós, PJ. O que os enfermeiros pensam da enfermagem? Dados de um grupo de informantes. Revista Investigação em Enfermagem,2013, 2(5), 57-65.

Mendes EV. O cuidado das condições crônicas na atenção primária à saúde: o imperativo da consolidação da estratégia da saúde da família. Brasília: OPAS; 2012.