Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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PRÁTICAS EDUCATIVAS PARA OS TRABALHADORES DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
Heleticia Scabelo Galavote, Renata Cristina da Silva de Oliveira, Eliane de Fátima Almeida Lima, Paula de Souza Silva Freitas, Rita de Cássia Duarte Lima, Rafael Rocha dos Santos, Maria Angélica Carvalho Andrade

Última alteração: 2015-10-19

Resumo


Apresentação: a presente investigação é uma revisão integrativa que teve como objetivo identificar as evidências disponíveis na literatura científica nacional sobre as práticas educativas que estão sendo desenvolvidas para os trabalhadores no contexto da Estratégia Saúde da Família. A educação permanente em saúde representa a inovação da capacitação de trabalhadores de saúde quanto às práticas e sua concepção, de modo a incorporar o ensino e o aprendizado às práticas sociais e laborais, e a vida cotidiana, havendo interação das equipes e grupos na problematização do próprio fazer. Assim há construção de receptores e ampliação dos espaços educativos visando a renúncia à fragmentação disciplinar. Desenvolvimento do trabalho: teve como questão norteadora: Quais as práticas educativas para os trabalhadores estão sendo desenvolvidas no contexto da Estratégia Saúde da Família? Para seleção dos artigos utilizou-se a base de dados LILACS. A amostra final desta revisão constitui-se de 10 artigos, com o uso dos descritores “Educação Continuada e "Programa Saúde da Família". Resultados e/ou impactos: a maioria dos artigos introduz sua discussão ressaltando a importância de instituir a educação permanente em saúde como um modelo de modificação/transformação das práticas educativas da gestão, formação, formulação de políticas, atenção, participação popular e controle social em saúde. Há a confluência dos termos educação permanente e educação continuada o que possivelmente interfere no desenvolvimento das ações de educação permanente por parte dos trabalhadores de saúde. Ainda há incompreensão sobre a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde por parte dos gestores quanto às mudanças do modelo de assistência e na formação dos trabalhadores de saúde. Outro fator que interfere na conceituação desses métodos é que mesmo com a inovação do sistema de saúde ainda existam instituições formadoras que não investem e não inserem na sua grade curricular a educação permanente. Consequentemente há formação de profissionais mecanicistas, preocupados apenas em depositar e infundir saberes, desprezando os saberes populares e legítimos da coletividade e do próprio ambiente em que vive, impossibilitando a troca de conhecimentos. A educação a distância é referida em alguns artigos como estratégia aos profissionais de saúde para a efetivação da educação permanente de forma a facilitar o acesso à informação, compartilhamento de saberes e esclarecimento das dúvidas. A busca por esses novos métodos de ensino se justifica pelas mudanças de práticas e ao desenvolvimento global que interferem diretamente na saúde e na formação dos trabalhadores de saúde, assim como o uso de tecnologias cada vez mais sofisticadas, os custos econômicos e o predomínio da formação hospitalar, que exigem altos investimentos de transformação da formação de trabalhadores. Considerações finais: na presente revisão integrativa, na busca dos melhores resultados disponíveis, em relação às práticas educativas desenvolvidas na Estratégia Saúde da Família, foi possível reconhecer que muitas são essas ações direcionadas à educação permanente. Visto que tais práticas educativas possibilitam a reconfiguração das práticas em saúde por parte dos profissionais de forma reflexiva e problematizadora.

Palavras-chave


Educação Continuada; Programa Saúde da Família