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Introdução: Este trabalho propõe apresentar questões relativas à importância do trabalho dos profissionais da psicologia nas unidades básicas de saúde. É importante destacar que no Brasil a Psicologia, enquanto ciência tem mais um século, porém se encontra regulamentada como profissão há 52 anos. Sabe-se que a formação em Psicologia é muito abrangente, compreendendo desde as mais distintas doutrinas as quais servirá de subsídio para sua atuação até as distintas áreas em que pode atuar, o universitário passará no período de estudos por diversas disciplinas e atividades, as quais lhe proporcionarão os referenciais e instrumentais para uma atuação adequada profissionalmente. Objetivo: Este trabalho propõe discorrer sobre da atuação dos psicólogos nos serviços públicos de atenção primária à saúde. Tem como objetivo identificar a importância do psicólogo nas unidades básicas de saúde. Nesse sentido, esse trabalho visa mostrar que na psicologia as estratégias de assistência à saúde não devem ser exclusivamente uma maneira de levar assistência de qualquer maneira às comunidades, mas de levar assistência com qualidade e de acordo com as especificidades da vida e das contingências destas comunidades. Mostra que é importante julgar as demandas da comunidade em relação aos serviços de saúde pública e de psicologia comunitária e saber quais os sentidos atribuídos pelos usuários das Unidades Básicas de Saúde ao Serviço oferecido nas mesmas. Metodologia: A metodologia utilizada foi de revisão bibliográfica. Discussão: Segundo Dimenstein (1998) a introdução do profissional da psicologia nos serviços públicos de saúde no Brasil iniciou - se fim da década de 70 e começo dos anos 80. Essa inserção aconteceu em consequência das mudanças da sociedade brasileira, principalmente na área da saúde. Dimenstein pontua também que, dentre os recém-formados, a maior parte atua em clínicas de psicologia particulares, trabalhando com avaliações psicológicas e psicoterapias, ou optam por cursos de pós-graduação. Apesar de esse cenário estar, gradativamente, sendo alterado, enfrentamos certas dificuldades e resistências, mesmo sendo a saúde considerada um importante campo de atuação para o profissional da psicologia. Assim percebe-se que o percurso da psicologia na atenção básica dos serviços públicos de saúde brasileiros tem seu marco inicial na década de 1980, quando uma conjunção de propostas e reivindicações apontava para a necessidade de mudanças importantes na abordagem dos problemas de saúde, enfatizando a contribuição da psicologia nas equipes multiprofissionais. O trabalho aponta que os princípios da interdisciplinaridade, o que considera além das equipes, também as pessoas e as suas especificidades, estão alcançando a cada dia uma abrangência na área da saúde. Distintos fatores vêm contribuindo para tal evento. Desde as mudanças nos sistemas de saúde, que passa a ter maior preocupação com os programas para prevenção, deixando aquela ideia de se preocupar apenas quando o fato concretiza e passando a trabalhar com a prevenção e conscientização dos cuidados com a saúde, desde a infância, ou seja, há maiores investimentos e preocupação em relação à questão saúde – doença, focando a prevenção em vários aspectos, aqui trabalhado a questão da psicologia. Conclusão: Esse trabalho organizou-se de forma a apresentar como está a atuação dos psicólogos nos serviços públicos de atenção primária à saúde. Através dele, constatou-se que a atenção básica pode ser uma ótima via para a promoção da saúde bem como por motivos econômicos e que o psicólogo tem um papel fundamental nesse processo. Mostrou que as atividades psicológicas de maior frequência nas UBS são: a psicoterapia de adulto, o psicodiagnóstico, a ludoterapia, a orientação a gestantes e hipertensos; sendo a psicanálise a orientação teórica mais presente. Percebe-se dessa forma que hoje em dia, os princípios da interdisciplinaridade, o que considera além das equipes, também pessoas e as suas especificidades, estão alcançando a cada dia uma abrangência na área da saúde. Distintos fatores vêm contribuindo para tal evento. Desde as mudanças nos sistemas de saúde, que passa a ter maior preocupação com os programas para prevenção, deixando aquela ideia de se preocupar apenas quando o fato concretiza e passando a trabalhar com a prevenção e conscientização com os cuidados com a saúde, desde a infância. Além da diversidade de novas oportunidades e áreas de conhecimentos inseridas no sistema da área da saúde desde a Psicologia, passando pela Nutrição, Terapia Ocupacional, dentre outras. Também o trabalho preventivo junto às esferas familiar, profissional e social ao recorrerem ao sistema de saúde pública. Diante do exposto conclui-se que o psicólogo precisa avaliar sua atuação por ângulos distintos, uma vez que se encontra inserido em uma política que esta construir sua estrutura e organização. Além disso, necessita estar atento aos rumos e trajetória da sua profissão, no intuito de buscar referências, claras e operacionais, que estabeleçam quais suas atribuições e competências nesse espaço. Nessa direção cabe aqui pontuar que esse trabalho abre um leque de discussões sobre variados assuntos relacionados e um deles que pode ser analisado posteriormente como continuidade desse trabalho ou mesmo como uma outra análise com esse foco é o projeto VER–SUS (Vivência e Estágio na Realidade do Sistema Único de Saúde), o qual é realizado por estudantes da área da saúde junto aos movimentos estudantis, através da Assessoria de Relações com o Movimento Estudantil e Associações Científico-Profissionais da Saúde criados em 2002 pelo Ministério da Saúde, objetivando aproximar estudantes do desenvolvimento de projetos que visam estabelecer uma política de educação para futuros profissionais do SUS.

Psicólogos; saúde; psicologia; serviços públicos