Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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ABORDANDO A SURDEZ E A SAÚDE AUDITIVA NAS ESCOLAS: RELATO DE EXPERIÊNCIAS DO PET-REDES SURDEZ
Agatha Barbosa Caldas, Lays Freitas Silva, Fernanda Carvalho Barbosa Santos, Grécia Santos de Souza, Desirée De Vit Begrow, Manôa Marques Carvalho Bispo, Mayara Pinheiro de Souza

Última alteração: 2015-10-19

Resumo


Introdução: O PET-Saúde Redes de Atenção à Saúde do Surdo tem por objetivo identificar pessoas surdas, bem como, sensibilizar a comunidade. Neste sentido, a escola é um espaço singular para a inserção da temática de saúde auditiva e desmitificação sobre a surdez. Tendo o Programa Saúde na Escola (PSE), como parte integrada da relação saúde e educação, o PET- Saúde Redes se insere apoio à formação integral da criança com ações de promoção, prevenção e atenção à saúde auditiva e educação dos surdos, nas escolas. Objetivo: Relatar a experiência dos integrantes do PET-Redes referente às ações desenvolvidas nas escolas. Método: Estudo do tipo relato de experiência das ações nas escolas de Vista Alegre localizadas no Distrito do Subúrbio Ferroviário de Salvador/BA, no período de setembro de 2013 a abril de 2015. As atividades foram realizadas por integrantes do PET-Redes, uma acadêmica de enfermagem e duas de fonoaudiologia da Universidade Federal da Bahia – UFBA e uma preceptora nutricionista do Núcleo de Atenção à Saúde da Família - NASF. Após aceitação das escolas da comunidade em participar do nosso estudo realizamos diagnóstico institucional, e agendamento de oficinas com os profissionais educacionais e estudantes. Os encontros nas escolas objetivaram inserir promoção e prevenção da saúde auditiva, e sensibilização das famílias, crianças, adolescentes e profissionais da escola sobre surdez. Utilizamos datashow, cartazes e reprodução de vídeos nas escolas com dinâmicas de aproximadamente uma hora, e temáticas abordando deficiência auditiva versus surdez, saúde auditiva e cuidados com a audição. Resultados: O PET-Redes participou das reuniões do PSE na USF de Vista Alegre, porém, profissionais do PSE não participaram das ações nas escolas. Duas escolas se envolveram, uma municipal e uma estadual, com um encontro por instituição, porém na estadual, solicitaram retorno para ação com os alunos, obtendo em média 50 crianças/jovens da faixa etária de 6 a 17 anos de idade e 20 profissionais da instituição. Com os professores, percebemos desconhecimento sobre a surdez e o surdo, bem como, sobre questões de prevenção por ruído intenso em ambiente de trabalho escolar. Com os alunos existiram dúvidas sobre cuidados com a audição, relacionados à limpeza do ouvido, infecções, dor, sensação de líquido e etc. Ao final, pudemos perceber a necessidade de realização de mais orientações destes profissionais sobre os temas abordados, promoção do autocuidado ou prevenção de alterações auditivas. Reforçamos ainda a necessidade de estabelecimento de vínculo da escola com a USF, por ser a porta de entrada para o sistema de saúde, buscando suprir demandas e carências apresentadas na comunidade escolar. Conclusão: Percebemos interesse dos profissionais das escolas e estudantes pelos temas, compartilhando relatos de casos e dúvidas, desmitificando conceitos e retomado conceitos trabalhados nas primeiras ações. Observamos maior criticidade em relação a sinais e sintomas de possíveis problemas auditivos e cuidados preventivos e entendemos a relevância dessa temática favorecendo informações para a escola e professores. A partir desta experiência, esperamos ter suscitado maior empenho em aproximar o PSE da comunidade escolar.

Palavras-chave


programa de educação pelo trabalho; programa saúde na escola; saúde auditiva

Referências


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